Existem dias maus. Isso é fato. Existem dias que o desânimo consome as nossas forças, nos abatem, nos destroem por dentro, tiram as combinações das vestes da alma. Digo isso porque é muito desconfortável vestir uma roupa que não nos dá segurança, que não nos deixa confortáveis e seguros. E nesses dias ruins parece até que ficamos desprovidos da vontade de escolher o nosso look. Parece que de uma hora para outra as nossas vestes são trocadas sem o nosso consentimento.
Nos dias maus ficamos muitas vezes incrédulos, tendenciosos a murmurar, e até mesmo murmuramos, ficamos insensíveis, preferimos ficar sozinhos e longe de tudo e de todos, temos medo de compartilhar com alguém nossos dilemas, não sentimos confiança pra confessar nada a ninguém, não temos nem ao menos vontade e força pra desabafar com o Senhor, ficamos com vontade de sumir sem saber que um dia houve um passado, feridas, decepções, sentimos vontade de esquecer por completo tudo o que nos abateu e voltar à inocência, ao primeiro amor.
Mas não adianta fugir. Digo isso porque a vida continua com suas nuances e surpresas boas e más, e porque o choro dura uma noite, mas a alegria vem ao amanhecer. Não estou dizendo que necessariamente vamos ficar abatidos um dia e no outro vamos rir com o vento. Nem sempre é assim. Normalmente somos consolados, confortados, protegidos, e encorajados pelo Espírito Santo em uma dose maior em tempos de angústia. É isso que acontece. E é isso que nos alegra mais. Ele é o nosso amigo e que sabe exatamente o que precisamos e na dose certa que precisamos.
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