CRER E CRESCER PARA FRUTIFICAR

Não dá pra dissociar vida e trabalho, guerra e vitória, entre outras palavras que estão entrelaçadas em sentido e complemento mútuo. Diante do Senhor não é diferente. Ele permite que passemos por muitos vales durante a vida para que possamos ser pessoas melhores e que tenham mais frutos do Espírito Santo a cada dia.

Gosto muito de falar desses frutos porque eles são o resultado final de uma semente que morreu, e que depois gerou uma árvore linda e frondosa. Mas esse processo não é bem simples como se pensa, pois custa tempo e implica em muitas intempéries. Quantas estações uma árvore passa pra ficar bela e frutífera! Quantas folhas e flores são arrancadas dela por pessoas más enquanto ela se desenvolve! Quantas pedradas, cortes leves ou profundos, batidas, tempestades!

Somos como árvores. Quando decidimos aceitar ao Senhor Jesus como nosso Salvador temos que assim como uma semente morrer, morrer para as nossas vontades, desejos, e deixar que Cristo conduza os nossos projetos de vida. Somente esse estágio da vida de uma árvore já é mui desafiador, pois deixar as nossas vontades de lado em um mundo que fomenta tanto o egocentrismo e a busca de interesses e realizações pessoais é muito complicado. Dizer que Cristo vive em nós e que não vivemos mais pra nós mesmos como Paulo disse é algo forte.

Mas creio que fazer a vontade de Deus não é difícil. O problema é que nós temos dificuldade de nos negar e de abrir mão do livre arbítrio, que por sua vez, muitas vezes usamos para desfrutar de uma liberdade para pecar.  Creio que a motivação é o fator principal. Se pedirmos sempre ao Senhor essa motivação pra servi-lo seremos bem sucedidos em tudo, sobretudo na santidade. Outro fator que nos atrapalha em servir com excelência ao Senhor é o medo somado à incredulidade e ansiedade. Na verdade podemos ver aqui que um abismo de fato chama outro abismo.

Digo medo, incredulidade, e ansiedade porque quando ainda somos recentes na fé ou até mesmo mais vividos nos princípios cristãos é comum ficamos com medo de não crescer espiritualmente como queremos, ou seja, de forma qualitativa e em curto prazo. Quando vem essa preocupação somos tendenciosos a nos comparar com outro cristão que achamos estar mais maduro e frutífero que nós. Isso se configura em uma concorrência que não atrai a paz de Cristo nem pra nós nem pra congregação.

Cristãos que se comparam o tempo todo com outros para analisar seu nível de espiritualidade estão agindo como religiosos, pois usam as coisas do Reino para se promover de alguma forma. Alguns desses cristãos podem mudar de postura com um acompanhamento de um líder maduro ou somente se arrependendo diante de Deus. Basta eles decidirem mudar e apresentarem essa questão ao Senhor pedindo forças a Ele.

Diante disso, podemos concluir que o medo, a incredulidade, e a ansiedade não nos projeta em nada, pelo contrário, somente nos paralisa, abatem a nossa fé, comprometem a nossa salvação, e tiram as chances de verdadeiramente vivermos o tudo de Deus pra nós.