Nesse dias estive refletindo sobre a ganância de muitas pessoas para ganhar dinheiro, adquirir lucros, fechar negócios, e buscar riquezas. Isso é muito promissor, porém é perigoso e vicioso, pois vivemos sob o sistema econômico do capitalismo, e quase tudo, senão tudo o que nos cerca nos provoca ao consumo, às compras, ao capital propriamente dito.
E essa visão ambiciosa e de ganho por cima de ganho invadiu a igreja, ou melhor, foi convidada a entrar como convidada de honra, porque ela traria e está trazendo muitos benefícios, mas para poucas pessoas. Essa é uma característica inerente ao capitalismo, ou seja, a exclusão e a pobreza fazem parte dessa lógica do capital. Dentro das igrejas é possível encontrar diversas formas de ganho, onde quem trabalha é a maioria. Quando falo a maioria é porque há lideres que não colocam a mão no arado e se acham dignos dessa postura, mas os lucros eles querem sempre gerenciar.
Enquanto a preocupação está voltada para o lucro exacerbado, muitas vidas estão passando por vales, e por vezes são estas pessoas que trabalham incansavelmente na obra em busca de um milagre. É assustador o número de sujeitos que tem buscado ser pastor com interesse em ficar rico ou pelo menos estabilizado. Estão comercializando a palavra de Deus, e se apropriando dela para ganhar mais e mais dinheiro.
É válido lembrar que Jesus derrubou várias “barraquinhas” de vendas que estavam ao redor do templo, ou seja, se Jesus se indignou com essa visão interesseira naquele tempo, imagine hoje em dia! Jesus iria viver pra derrubar essas barracas e exortar esses mercenários da palavra de Deus. Lembremos que Jesus não tinha onde reclinar a cabeça, e nós hoje queremos ficar riquíssimos por meio da palavra Dele. Que vergonha! Onde está esse amor a Jesus? Responda e reflita por você mesmo. Mas não se esqueça de transformar a realidade ao seu redor, já que esse assunto relacionado aos lucros está por toda parte, dentro e fora da igreja.
Contudo, é interessante lembrar que muitas pessoas se vendem facilmente por um cargo ou uma coisa qualquer, esquecendo de que possuem o poder de fazer história e de que têm sentimentos e valores. Muitos “crentes” buscam ser reconhecidos por títulos, e mentem, roubam, agem com usura, enfim... Fazem coisas abomináveis! Há sujeitos que não podem obter uma formação de um curso qualquer ou desenvolver um certo trabalho, que já se acham no direito de exigir o respeito ao título, e fogem da realidade cruel que assola tanto a população. Quero dizer que muitos estão se ensoberbecendo a tal ponto, que estão insuportáveis até pra conversar. Agem como pedantes e diletantes!
Nesse sentido, a busca de “ser alguém” é desviada para o “ter algo ou alguma coisa”, como títulos, poder de compra e descarte de tudo e todos conforme a vontade do indivíduo. Nesses dias nunca se falou tanto em humanização e do valor da vida. Agora resta saber que tipo de humanização é essa, ou seja, que está pautada em valores e poderes oriundos do capital, e que vida é essa que tem sido um massacre para muitas pessoas que estão trabalhando incessantemente por causa dessa exploração inerente ao sistema capitalista.
Portanto, valorize-se como ser único e comprado pelo sangue de Jesus, comprado não por dinheiro, mas por sangue. Não feche os seus olhos pra essa realidade! Não fique alienado!
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