SOBRE A MINISTRAÇÃO

Olá amados e amadas de Cristo!
Estou começando essa postagem assim todo carinhoso porque vou falar de algo muito sério que diz respeito a nós ministros de louvor. Quero falar sobre: Ministração. O tema parece muito comum. Mas quero ir além, e assim, descrever algumas afrontas que têm se levantado para calar a voz dos ministros da casa de Deus.
No primeiro instante vou falar sobre o por quê ministrar. Tenho falado com alguns religiosos por esses dias e eles me dizem com todas as letras que não é preciso ter ministração no momento do louvor, que isso é desnecessário, enrolação. Fico pasmo diante de tantas palavras soltas e alienadas, pois o próprio momento de louvor como música em si já é um momento de ministração. Muitas pessoas esquecem de que o momento de louvor nas igrejas possue músicas, que, por sua vez, são palavras bíblicas cantadas, ou seja, mensagens bíblicas que têm o acréscimo de harmonia, melodia, ritmo, e outros elementos que caracterizam uma música.
No entanto, muitos ministros de louvor tem se contentado em apenas ministrar uma música em si, e nada mais que isso. Não se deixam ser envolvidos pelo Espírito Santo com mais profundidade, e dessa forma, perdem grandes chances de entoar cânticos espirituais e até mesmo de receber canções próprias. O momento de louvor precisa ser trabalhado e planejado, mas nunca engessado como hoje se vê em muitas igrejas. Já estive em eventos que alguns grupos nem falavam normarmente entre uma música e outra. Não havia voz de comando entre uma canção e outra. Contudo, os integrantes do grupo falavam entre si com uma postura tímida e vexatória. 
Como ministros de louvor nós precisamos trabalhar o nosso envolvimento com a igreja, com as pessoas que estão nos vendo em uma apresentação. Precisamos dirigir o olhar delas para Jesus através do nosso dom. Precisamos impulsioná-las a uma adoração extravagante, livre de qualquer coação ou timidez. Alguns ministros acham que falar com a igreja é besteira ou estrelismo. Isso é mentira do diabo, uma estratégia dele para calar nossa voz. Não podemos aceitar essa situação. Temos que levantar nossa voz como trombeta e anunciar ao povo a sua transgressão. Temos que abrir a nossa boca para liberar palavras de vida, restauração, libertação, cura, mas sobretudo, avivamento.
Diante desses desafios encontramos mais alguns problemas. Algumas pessoas têm noções equivocadas a respeito da ministração. Muitos acham que a música por si só fala tudo. Mas não é bem assim. Toda música tem uma história, uma causa, um motivo de existência. Falando em termos mais congregacionais...todo louvor tem uma base, seja ela bíblica, bíblica/pessoal ou pessoal do ministro que gerou tal louvor. Por isso, em todo momento de louvor, temos que esclarecer e reforçar a mensagem com a nossa voz, e estabelecer um diálogo com a igreja, a fim de que todos compreendam esta mensagem e situem a mesma em suas vidas em um perspectiva de transformação.  Quando nós falamos atraímos a atenção das pessoas pra nós. Eu sei que o propósito não é chamar a atenção pra nós. Mas temos que usar nossas habilidades para dirigir as pessoas ao Senhor, que foi, é, e sempre será o autor desse dom que temos. 
A fala é um instrumento poderoso para persuadir as pessoas a respeito de algo. Temos que usar a nossa fala para levar a palavra aos outros. Quando nós entendermos que a música associada a fala enriquece o louvor haverá uma explosão de louvor em nossa igrejas. Detesto a frase: Cantor canta e pregador prega. Isso é uma afronta a nós ministros, pois nós também somos pregadores. A questão é que a nossa pregação tem o auxílio da música. Sou totalmente a favor da ministração além da música propriamente dita, pois ela enriquece o momento de louvor, gera formas de entendimento mais profundas da mensagem de uma canção, provoca momentos de louvor mais espontâneos, e gera uma maior aproximação dos ministros de louvor com a igreja em uma relação de segurança e confiança. 
Todavia, não podemos esquecer de o culto é racional, e que por isso precisa ser organizado quanto a sequência das músicas, e sobretudo, quanto ao tempo. Aprendi a usar o tempo com sabedoria depois de muitas ministrações. Sei que dá vontade de ficar ministrando até...mas não dá. Usemos o tempo com prudência e os resultados serão maravilhosos. Lembremos que espontaneidade surge a partir de algo programado e nunca de algo desorganizado. Façamos as coisas de Deus com excelência e não com relaxamento.
Poderia falar muito mais aqui, mas você sabe a necessidade da sua igreja local. Se não sabia agora sabe. Se não sabe investigue e descubra. Mas não se conforme com problema nenhum. Busque a resolução de todos eles à luz da palavra de Deus.