Esse final de semana que se passou foi de muito proveito pra minha vida ministerial. Fiz coisas que não havia feito ainda como cantar em um Terminal de Integração de Ônibus e pregar em um coletivo. No sábado todos do ministério estavam prontos para ir ensaiar no estúdio, quando de repente recebi uma ligação da pessoa responsável pelo mesmo dizendo que houve uma confusão no agendamento do ensaio.
Isso aconteceu porque a pessoa responsável por marcar o horário no estúdio se esqueceu de anotar o nosso horário. Daí, o irmão dessa pessoa viu o tempo vago e agendou o tempo de outra banda. Quando recebi a ligação do estúdio estava na parada de ônibus com vários integrantes do ministério. Ele estava desesperado, nervoso, preocupado, e falava muito rápido, com a voz trêmula. Eu fiquei quase sem reação, pois ao mesmo tempo em que falava com ele o ônibus vinha e os meus companheiros de ministério diziam: Vamos, Charllys! Pedi ao Senhor paciência, tranquilidade e sabedoria. Decidi ir falar com ele pessoalmente. Entramos no ônibus e fomos.
Precisávamos descer no terminal e lá propus ao ministério fazer um som de voz e violão. Cantei uma música apenas, pois o ônibus que tínhamos que pegar chegou rápido. Ao chegar no estúdio tive uma conversa franca e tranquila com o rapaz que cometeu um erro por esquecimento. Marcamos o próximo ensaio para o dia seguinte, para o domingo no mesmo horário.
Quando voltamos senti uma vontade enorme de cantar dentro do coletivo. Já havia feito isso outras vezes. Convenci o grupo a descer no terminal, mesmo sem necessidade, pois o ônibus que nos levava iria direto para o bairro onde moramos. Ao descermos no Terminal de Integração começamos a louvar em alta voz e som. Somente com o violão e com as nossas vozes estávamos exaltando o Senhor diante de várias pessoas. Lembro que um jovem desceu do ônibus para cantar conosco. Fiquei tão alegre com tudo o que estava acontecendo...!
Quando o ônibus que iríamos pegar chegou entramos nele e senti uma vontade imensa de pregar o evangelho. Compartilhei com os meus companheiros de ministério sobre isso e eles me encorajavam, mas ficavam meio tensos e na expectativa do que iria acontecer e de como eu iria me sair. Eles todos sabem que sou muito desatado, ousado mesmo, que vergonha não faz parte do meu dicionário e muito menos do meu estilo de vida.
Comecei a pregação e logo no início um homem que estava mais ou menos no meio do coletivo começou a resmungar, desdenhar da palavra. Eu vi aquela artimanha do inimigo, mas não me calei, pois profeta calado não colhe. Prossegui na pregação e quando terminei a mensagem fui para perto dos meus irmãos em Cristo. Daí, o homem que estava resmungando enquanto eu pregava começou a me indagar a respeito de muitas coisas. Ele me chamava de fariseu, hipócrita, caco seco, enfim, de muitas coisas desagradáveis. Eu sentia uma alegria tão grande por ouvir aqueles xingamentos! Vi-me na posição de bem-aventurado de fato e verdade. Durante toda a viagem ele me desafiava com vários assuntos, mas o Senhor não me deixou ser envergonhado em nenhuma das questões, respondi todas as questões com respaldo bíblico. Mantive a fala mansa e branda em todos os momentos. Muitas pessoas estavam ouvindo aquela conversa entre eu e aquele homem, e por isso não podia e nem deveria me alterar. Mas como iria me alterar se estava quase pulando e dançando de alegria. Senti-me tão útil pra o Senhor naquele momento...! Não sei nem expressar com palavras nessa postagem a intensidade da minha satisfação e alegria de estar pregando as boas novas de Cristo.
Enfim, foi maravilhoso! Desci do ônibus pulando de alegria, extravasei mesmo. Eu e os meus companheiros de ministérios voltamos pra casa com muitas coisas pra falar aos nossos pais e parentes. Decidi que vamos fazer esses evangelismos constantemente. Satanás vai perder terreno e pessoas, pois vamos nos levantar como voz profética nesse tempo. Nada vai nos calar, nem crítica, nem religiosidade alguma. Vamos bradar e cantar com todas as nossas forças o amor de Jesus às vidas.
Até mais!
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